criação do Dia do Orgulho Hétero
Sob protestos de militantes homossexuais, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou projeto de lei do vereador Carlos Apolinário (DEM) criando o Dia do Orgulho Hétero, uma espécie de contraponto ao Dia do Orgulho Gay, celebrado com a realização da Parada Gay da capital paulista, uma das maiores do mundo.
O assunto é bastante polêmico, e invadiu os debates nas redes sociais do Brasil e do mundo.
O prefeito Gilberto Kassab disse que a criação do Dia do Orgulho Hétero em São Paulo não incentivaria a homofobia
Ele afirmou que, em primeira análise, não há motivo para vetar a ideia de autoria do vereador Carlos Apolinário (DEM).
"A abordagem inicial é que é um dia como qualquer dia. Tem dia do médico, dia do professor. Talvez não se encontre nenhuma ilegalidade e é possível que seja encaminhado para sanção. Em princípio, a Câmara tem todo o direito de estabelecer os dias que ela julgar adequados", afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de vetar o projeto por falta de interesse público, Kassab desconversou: "vamos aguardar a ATL [assessoria técnico-legislativa]. Ela avalia justamente essas coisas", disse.
O prefeito tem 15 dias para sancionar ou vetar o texto.
A iniciativa já ganhou até repercussão internacional: os sites das revistas "Forbes" e "Newsday" deram destaque ao "Straight Pride Day", e chegou a ser um dos assuntos mais comentados do Twitter no mundo.
A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) pediu veto ao projeto.
Para Kassab, "todas as manifestações são muito bem-vindas".
"A gestão, qualquer que seja ela, tem de ser a gestão do diálogo. A cidade é de 11 milhões de pessoas", disse.
O projeto de autoria de Apolinário, membro da igreja Assembleia de Deus, é uma reação à Parada Gay.
O vereador do DEM critica o fato de a Parada poder ser realizada na avenida Paulista e a Marcha Para Jesus, não.
Apolinário afirma ainda que sua ideia é "resguardar a moral e os bons costumes".
O projeto de lei foi aprovado na terça com a presença de 50 vereadores e manifestação contrária de 19.
Cinco parlamentares não registraram presença.

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